domingo, 18 de dezembro de 2011

Entrevista no Conexão Futura‏


No dia  13 de Dezembro rolou no canal Futura entrevista com 
Marinez e Rosangela,representando Fórum  do rio de janeiro eo movimento comunitário
O video é uma entrevista a entrada das crianças no centro de educação infantil,das escolas municipais.
 
"...Embora,com pouco tempo para falar da falta de vagas. A partir do resgate histórico, procuramos atender e responder o que nos era solicitado a partir da realidade que temos vivido neste mais de vinte e cinco anos".
 
Abraços a todos
 
Marinez e Rosangela
 
Confira no canal do You tube
 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Carta a Dilma

Nesta última sexta, por volta das 16h, uma comissão de representação de 5 cinco estados brasileiros ( ES, SP, BA, MS, PA), entregam nas mãoe da presidenta Dilma, nossas moções e cartas, fruto de nossos debates em 2011.
Envio fotos e as cartas para movimentações em nossas regiões.
Envio cópia da Carta Salvador para última leitura e manifestação

Carta


          Ao Presidente Lula, à D. Marisa
                        e à Nação Brasileira

Nós, mulheres educadoras da Rede de Educação Infantil Comunitária da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, pedimos cinco minutos de sua atenção para a situação de milhões de crianças entre 0 e 6 anos que hoje estão matriculadas em creches e pré-escolas comunitárias e beneficentes deste imenso país.
Em nossos municípios, como na maioria dos centros urbanos brasileiros, é cada vez mais comum encon­trarmos crianças de 3, 4 e 5 anos trabalhando e zanzando pelas ruas!  Mas a atenção da sociedade só se volta para elas quando já estão maiores, quando já são capazes de ameaçar! Então, os jornais e a TV falam dos meninos e meninas que estão nas ruas como se já tivessem nascido ali, brotado do asfalto! Esquecem de lembrar que essas crianças já tiveram 3 meses, 3 anos. E estão hoje nas ruas por serem filhos de políticas econômicas que concen­tram a renda; filhos da fome, da miséria física e espiritual de seus pais e da sociedade em que vivem. Os meios de comunicação falam dos adolescentes de rua como se tivessem nascido grandes... Mas, é bom perguntar: quem cuidou dos bebês que têm, hoje, 13, 15, 18 anos?
De acordo com o artigo 227 da Constituição Brasileira "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao ado­lescente com absoluta prioridade, o direito à vida, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los à salvo de toda forma de negli­gência, violência, crueldade e opressão".
É em nome deste preceito constitucional que nos dirigimos à nação brasileira, em especial ao presidente Lula e à sua esposa, D. Marisa, assim como aos congressistas e governantes estaduais e municipais.
Somos mulheres educadoras! Desde finais da década de 70, assumimos a responsabilidade de cuidar de crianças pequenas, cujas mães, moradoras dos bairros mais pobres da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, precisavam trabalhar fora de casa. Com o objetivo primeiro de tirar as crianças da fome, do abandono, da falta de higiene e saúde, nos mobilizamos, conquistamos e organizamos espaços destinados a acolhê-las: uma casa, um barra­co, um salão da igreja ou da associação de moradores. Pouco a pouco, o compromisso com as crianças nos levou aos bancos escolares, ao curso normal, e até mesmo à universidade, buscando uma formação que nos torne capazes de contribuir para o seu desenvolvimento integral.
Hoje sabemos que esta não foi uma iniciativa isolada; que não apenas no Rio de Janeiro, mas também em Recife, em Salvador, São Luís, Fortaleza, Natal, Belo Horizonte, Belém, Porto Alegre, ou, mesmo em cidades menores, foram surgindo, Brasil afora, milhares de creches e pré-escolas comunitá­rias. Um número indefinido destas instituições conseguiu firmar con­vênios com organizações governamentais e não-governamentais, mas são muitas as que asseguram a sua sobrevivência graças à garra de seus educadores, à solidariedade de pequenos comerciantes locais e ao apoio de moradores das comunidades.
Para se ter idéia da situação, em 2001, estas instituições atendiam a mais da metade das crianças brasileiras de 0 a 3 anos que freqüentam creches no Brasil. Por esta razão, e pelo fato de prestarem serviços à população mais pobre do país, afirmamos que muitas das creches comunitárias são instituições públicas-não estatais! Elas se anteciparam aos governos municipais e estaduais no cumprimento do dever de assegurar o acesso a educação infantil onde não havia equipamentos estatais. Entretanto, caso o Congresso Nacional aprove a Medida Provisória nº 339, as crianças matriculadas nestas instituições comunitárias e beneficentes não terão acesso aos recursos do FUNDEB e continuarão como peças da economia informal, invisíveis para o poder público.
Se a Constituição Federal e a LDB afirmam o direito destas instituições aos recursos públicos; se o Brasil é um país de todos, como diz o nosso Presidente, então por que as crianças matriculadas em creches e pré-escolas comunitárias e beneficentes não terão direito aos recursos do FUNDEB?
O argumento que fundamentou o Artigo 8 da Medida Provisória nº 339 é o de que o repasse de recursos tem se constituído como mecanismo de evasão de verbas públicas para setores  privados. A nossa resposta a este argumento é a de que “público” não é sinônimo de “estatal”! Num país em que o Estado, historicamente, trabalhou a serviço do privado, a questão da evasão de recursos não pode ser re­solvida através de simples corte, mas pelo estabelecimento de critérios que assegurem transparência ao repasse e inaugurem novas relações entre estado e sociedade.
Sr Presidente, D. Marisa, Srs congressistas e governantes estaduais e municipais, cidadãs e cidadãos brasileiros! Nosso Movimento de Luta por Creche alimenta o sonho de que a lei maior de nosso país seja respeitada. Isto é, que independentemente de classe social, etnia, cultura ou gênero, todas as crianças gozem do direito de acesso a educação infantil; que todas as crianças sejam dignamente, carinhosamente, respeitosamente cuidadas e educadas, independentemente da natureza da instituição, entidade, ou grupo que realize e/ou assuma a responsabilidade do atendimento. 
Sem os recursos do FUNDEB, sem o apoio pedagógico e financeiro das Secretarias Municipais de Educação é impossível que creches comunitárias assegurem um serviço de qualidade para as crianças cujas famílias vêm sendo historicamente excluídas dos direitos mais elementares de cidadania.
 Basta de convênios indignos, que alimentam com migalhas a sobrevivência das nossas creches. Não às políticas conservadoras, clientelistas e eleitoreiras que visam transformar as iniciativas populares em programas educacionais de baixo custo, que ampliam o atendimento, mas não asseguram qualidade. Não aos programas de atendimento que, em realidade, isentam o Estado e penalizam a parcela mais pobre da população! Queremos acesso aos recursos públicos! Queremos transparência nos mecanismos de repasse! Queremos ser incluídas nos processos de elaboração e definição de políticas públicas voltadas para a Educação e a Assistência às crianças pequenas em nosso país. Temos o direito de ser incluídas nos programas do MEC voltados para a educação infantil!
     Nesse sentido:
-         pedimos aos congressistas a revisão do Art. 8 da Medida Provisória nº 339 de 28/12/06, com base nos art 213 da Constituição e o art. 77 da LDB,  que asseguram repasse de verbas para instituições comunitárias.
-         pedimos ao Presidente Lula e à sua esposa, D. Marisa, que, pessoalmente, interfiram neste processo.
-         solicitamos ao MEC, que convoque um amplo seminário dedicado ao debate de experiências de conveniamento e à discussão de critérios de financiamento e repasse de recursos.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MEC desiste de aumento de número de dias letivos por ano.

MEC desiste de aumento de número de dias letivos por ano.

A secretária de Educação Básica, Maria do Pilar Lacerda, anunciou nesta quinta-feira (20) pelo Twitter que o MEC (Ministério da Educação) desistiu da proposta de aumentar de 200 para 220 o número de dias letivos por ano. O "consenso", segundo ela, é "aumentar a carga horária" diária.
De acordo com Maria do Pilar, o texto a ser encaminhado para o Congresso vai propor o aumento na carga horária. Ela citou o exemplo do programa Mais Educação, que permite que escolas tenham até sete horas por dia de aula, mas disse que, a princípio, "podemos começar com 5 h/dia, no mínimo, para todas [as escolas]".
"Apos reunião no MEC no dia 18/10, com professores, alunos, gestores, parlamentares, pesquisadores, ficou claro que não teremos aumento dos dias letivos de 200 para 220. O consenso é aumentar a carga horária diária, e o Legislativo receberá a proposta consensuada nesta reunião e assumida pelo MEC", afirmou a secretária na rede social.
Aprendizado.
Um estudo apresentado pelo próprio ministério, em setembro, mostrou que um aumento de dez dias no ano letivo poderia elevar o aprendizado do aluno em até 44% no período de um ano. No entanto, um dos problemas para o eventual aumento no número de dias seria a atual estrutura física das escolas do país.
Fonte:MEC

domingo, 2 de outubro de 2011

Dia D pela Educação Infantil

Carta ......./2011
Campo Grande, 12 de setembro de 2011.

Assunto: Dia D pela Educação Infantil


Prezad@s Companheir@s:

Mais um ano se passou e escrevemos para fortalecer junto aos Fóruns Estaduais a importância de que todos se engajem de acordo com suas possibilidades e particularidades à reedição de uma atividade que nosso Movimento desencadeou nacionalmente no ano passado, a partir de sugestão dos fóruns estaduais presentes no Encontro Regional Sudeste, realizado em Vitória nos dias 07 e 08 de junho de 2010 - a organização de um Dia D pela Educação Infantil.
Algumas questões principais justificam a importância de investirmos na realização desta ação: (1) informar à sociedade em geral sobre a agenda específica da Educação Infantil na atualidade; (2) realizar ações em âmbito nacional, reforçando a unidade de nosso Movimento; (3) dar maior visibilidade em nível estadual para as ações dos Fóruns Estaduais de Educação Infantil; (4) divulgar às famílias e responsáveis de critérios de qualidade para a oferta de educação infantil.
Neste ano, a semana proposta para esta ação é de 09 a 16/10/11, sendo recomendado que cada Fórum Estadual se articule para a realização de parcerias com outras entidades de defesa dos direitos das crianças, ocupando espaço junto a eventos já previstos e/ou assumindo o protagonismo de alguma atividade, somando forças em ações coletivas. Além das ações centralizadas no município onde ocorrem as reuniões regulares dos Fóruns Estaduais, os fóruns municipais ou regionais que aderirem à proposta poderão escolher um dia dentro daquela semana para realizar suas ações, integrando-se e aproveitando outras atividades comuns nesta semana em suas cidades-sede, inclusive aquelas tradicionais organizadas por secretarias de educação, de esporte e lazer, escolas e outras entidades.
No ano de 2010, pelo relato que tivemos dos Fóruns, dentre outras, foram realizadas as seguintes atividades: abertura de uma instituição de educação infantil para visita guiada; ações para esclarecimento de familiares sobre a importância da Educação Infantil; promoção de atividades lúdicas para crianças; passeatas com confecção de cartazes sobre os direitos das crianças; panfletagem em lugares de grande circulação de pessoas, tais como praças, redondeza de escolas; distribuição de material produzido pelos fóruns para divulgar suas reuniões regulares e principais ações; oficinas ao ar livre para crianças de 0 até 6 anos; exposição em espaços públicos de material orientador em relação a espaços adequados para oferta de educação infantil.
Para este ano, chamamos a atenção para dois temas fundamentais que podem servir de bandeira para as manifestações: a Educação Infantil no novo PNE (vide emendas ao PNE encaminhadas pelo MIEIB/Campanha disponíveis em nosso site) e a garantia da qualidade na oferta de Educação Infantil diante do processo de implantação da obrigatoriedade da pré-escola em curso. Em relação a este último tema, destacamos que é necessário defender a ampliação de vagas em espaços de educação infantil, o direito ao tempo integral e a continuidade da oferta de educação para crianças de 0 a 3 anos em instituições públicas, laicas e gratuitas.

Diante do exposto, o Comitê Diretivo do MIEIB conclama os fóruns a se unirem nesta ação, mobilizando suas militâncias em prol de mais uma iniciativa pelo direito das crianças de 0 até 6 anos a espaços seguros, saudáveis e desafiadores para sua educação. Colocamo-nos à disposição para auxílio e esclarecimentos, solicitando que os colegiados enviem para a Secretaria Executiva do Movimento informações sobre as datas e atividades que serão desenvolvidas, para que possamos divulgar em nosso site e junto às entidades parceiras.



Grande abraço,

Maria Luiza Rodrigues Flores – Fórum Gaúcho de Educação Infantil.
Marlene Oliveira dos Santos – Fórum Baiano de Educação Infantil.
Mariéte Félix - Fórum de Educação Infantil do Mato Grosso do Sul.
Maria Luzinete Martins Pereira Moreira – Fórum de Educação Infantil do Rio de Janeiro.
Comitê Diretivo do MIEIB (2011- 2012

Rede comunitária


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O que é identidade e autonomia?



O bebê se percebe como ser único quando reconhece os próprios limites (e os dos outros)


Reconhecer a própria imagem é um dos passos para a construção da identidade

Identidade

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, identidade remete à ideia de distinção. Diz o documento: "é uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir, de pensar e da história pessoal".

Construir a identidade implica conhecer os próprios gostos e preferências e dominar habilidades e limites, sempre levando em conta a cultura, a sociedade, o ambiente e as pessoas com quem se convive. Esse autoconhecimento começa no início da vida e segue até o seu fim, mas é fundamental que alguns conhecimentos sejam adquiridos ainda na creche.

Assim que nasce, o bebê permanece um bom tempo em fusão com a mãe. Isso significa que ele ainda não é capaz de reconhecer os próprios limites e os limites do outro. Por isso, o desenvolvimento da criança nos primeiros anos de vida está intimamente ligado a experiências de frustração - no jargão freudiano (leia mais sobre Sigmund Freud) - pelas quais terá de passar para compreender-se como um ser único em meio a outros seres igualmente singulares, ou seja, um ser com identidade própria.

O cerne da construção da identidade está nas pessoas com as quais a criança estabelece vínculos. A família é o primeiro canal de socialização. Em seguida, e tão importante quanto, está a escola.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Rede Participa

Rede participa de reunião no MEC / COEDI -  07 de julho de 2011.


Rede / CAMPO participa de Seminário de Educação Popular na UERJ- São Gonçalo 02 de setembro de 2011

Rede também indica..

Ludilib - um site sobre o brincar
http://www.labrimp.fe.usp.br/ludilib/index.php%20
No site você consegue baixar todas as publicações que estão relacionado ao brincar do mundo inteiro.CONFIRA!!!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

CEBAS - Certificação de Entidades Beneficentes de Assistencia Social na Area de Educação

Cadastramento de Entidades Educacionais 

Maiores informações: cebascebes@mec.gov.br

Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 12.101, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2009.
Casa Civil
Dispõe sobre a certificação das entidades
beneficentes de assistência social; regula os
procedimentos de isenção de contribuições para
a seguridade social; altera a Lei no 8.742, de 7 de
dezembro de 1993; revoga dispositivos das Leis
nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 9.429, de 26
de dezembro de 1996, 9.732, de 11 de dezembro
de 1998, 10.684, de 30 de maio de 2003, e da
Medida Provisória no 2.187-13, de 24 de agosto
de 2001; e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:


CEBAS - Certificação de Entidades Beneficentes de Assistencia Social na Area de Educação "Lei"

Cadastramento de Entidades Educacionais

Maiores informações: cebascebes@mec.gov.br


A Lei nº 12.101, de 27 de novembro de 2009, prevê no parágrafo único do artigo 40 que as Entidades Educacionais sem fins lucrativos, beneficentes ou não, deverão ser cadastradas junto ao Ministério da Educação.


Presidência da República
Subchefia para Assuntos Jurídicos
DECRETO Nº 7.237, DE 20 DE JULHO DE 2010.
Casa Civil
Regulamenta a Lei no 12.101, de 27 de
novembro de 2009, para dispor sobre o
processo de certificação das entidades
beneficentes de assistência social para
obtenção da isenção das contribuições para a
seguridade social, e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84,
incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 12.101, de 27
de novembro de 2009,
Art. 1o A certificação das entidades beneficentes de assistência social será concedida
às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas como entidades
beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de
assistência social, saúde ou educação e que atendam ao disposto na Lei no 12.101, de 27 de
novembro de 2009, e neste Decreto.
Art. 2o Para obter a certificação as entidades deverão obedecer ao princípio da
universalidade do atendimento, sendo vedado dirigir suas atividades exclusivamente a seus
associados ou a categoria profissional, e às demais exigências da Lei no 12.101, de 2009, e
deste Decreto.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Da Certificação e da Renovação

terça-feira, 5 de julho de 2011

IV Encontro da Região Sudeste


IV Encontro da Região Sudeste levanta disucssão  sobre EducAção Infantil e a implementação de politicas para garantiir atendimento educacional com qualidade, tendo orientação da legislação existentereune com a presença de  quase duzentos participantes



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Carta Maria do Pilar

Rede de Integração de Educação Infantil
Comunitária no Rio de Janeiro



Carta ao Ministério da Educação - MEC


Rio de Janeiro, 12 de agosto de 2010.

Ao
Ministério da Educação - MEC
Exma. Sra. Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva
Coordenação Geral da Educação Infantil
Secretária de Educação Básica



Excelentíssimos(as) Senhores(as),

Diante da conjuntura de financiamento proposta pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb e das deliberações da Conferência Nacional de Educação – Conae (Documento Final) no Eixo Financiamento da Educação e Controle Social, onde propõe-se que “[...] o número de matrículas em creches conveniadas deve ser congelado em 2014, e essa modalidade de parceria deve ser extinta até 2018, tendo que ser obrigatoriamente assegurado o atendimento da demanda diretamente na rede pública [...]” (pp. 112-113), nós, integrantes de diferentes movimentos sociais de luta por creches e pré-escolas que há anos mantemos a educação infantil para comunidades carentes no Estado do Rio de Janeiro, por meio de parcerias com o Poder Público, gostaríamos de apresentar uma exposição de motivos para o pleito de manutenção do financiamento público para creches e pré-escolas comunitárias sem fins lucrativos:
1. Em todo o Brasil, sobretudo no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pará, Pernambuco e Bahia, a educação infantil, prestada a crianças na faixa de 0 a 6 anos, vem sendo desenvolvida, há anos, por creches e pré-escolas comunitárias, muitas delas instaladas em locais onde não há presença do Poder Público.
2. Tais instituições comunitárias procuram estar inseridas em discussões, movimentos e organizações políticas visando à luta pela melhoria da qualidade. Estes movimentos conseguiram, ao longo dos anos, muitas conquistas, dentre as quais destacamos a inclusão das creches e pré-escolas comunitárias no Fundeb e aprovação das orientações sobre convênios, documento produzido pelo MEC, com a participação de integrantes destes movimentos.
3. Cabe ressaltar a participação efetiva do MEC na história recente da Educação Infantil do Brasil, exercendo seu papel indutor de políticas educacionais e de proponente de diretrizes para a educação, produzindo, de forma participativa, diversos documentos relacionados ao tema, dos quais destacamos: a “Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à Educação” (2006); os “Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil” (2006); os “Indicadores da Qualidade na Educação Infantil (2009); as “Orientações sobre convênios entre secretarias municipais de educação e instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos para a oferta de educação infantil (2009); entre outros.
4. O movimento comunitário, desde a sua origem, possui uma tradição histórica que lhe confere um marco próprio de pensar a infância, a educação e os profissionais, numa perspectiva de compreensão das múltiplas culturas que habitam o cotidiano de nossas crianças, especialmente as mais pobres, ao mesmo tempo em que vêm expressando compromisso social, ético e político no desenvolvimento humano, social, econômico e cultural das comunidades nas quais estão inseridos.
5. Ao realizar o resgate da história da educação infantil, não podemos deixar de destacar a contradição entre a forma como o Estado trata com desinteresse as instituições comunitárias ao mesmo tempo em que foram e são elas que mantêm relevantes serviços à grande maioria das crianças, filhas e filhos dos trabalhadores desta nação.
6. Lembramos, ainda, que a Constituição de 1988 e a LDB de 1996 trazem pressupostos relevantes para repensarmos a relação público- privado (sem fins lucrativos) dentro de princípios orientadores da transparência na aplicação de recursos públicos, da democratização do acesso a vagas, da gestão participativa e do controle social.
7. Neste sentido, trazemos o Art. 213, Título VIII, da ordem social, da Constituição de 1988, reafirmado no artigo 96, da LDB/96: “Os recursos públicos serão destinados às escolas publicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação”.
8. Todo este processo histórico faz jus ao reconhecimento das creches e pré-escolas comunitárias como espaço público não estatal de educação legitimado e socialmente referendado pelo trabalho que vêm realizando no atendimento à grande demanda de educação infantil em nossa sociedade.
9. Nesta trajetória, os movimentos sociais em defesa das creches e pré-escolas comunitárias reafirmam o compromisso pela universalização do atendimento e a luta por uma educação de qualidade para todas as crianças independentemente de sua classe social.
Assim, com base nesta exposição, solicitamos o direito ao financiamento público para as unidades de educação infantil comunitárias, considerando que sua trajetória histórica credencia tais instituições a manter o atendimento com padrões de qualidade desde que o financiamento público seja capaz de manter um repasse condizente e em dia com a qualidade requerida.
Por entendemos que o MEC é um órgão que normatiza e que tem o papel político de articular as políticas educacionais, estamos encaminhando nossa solicitação de estudar junto a este Ministério possibilidades de continuidade do atendimento após os atuais prazos deliberados pela Conae e pela legislação vigente no país.


Assinam este documento:

Núcleo de Creches e Pré-Escolas Comunitárias da Baixada Fluminense
Rede de Integração de Educação Infantil Comunitária no Rio de Janeiro.

Contato:
Rede – Rosângela – 021 – 22754037- Rosangela@campo.or.br
Luzinete- 021-27010790 – nete211@hotmail.com
Nucrep – 021-27588296 begin_of_the_skype_highlighting 021-27588296

Funcionamento de Creche

Critérios para um atendimento em creches que respeite os Direitos Fundamentais das crianças: Esse documento é composto por duas partes:
   I – Organização e funcionamento das creches
   II – Diretrizes e normas políticas/ Financiamento de creche.

·          Os indicadores de Qualidade na Educação Infantil.

·          Orientações sobre convênios entre secretarias municipais de Educação e Instituições comunitárias.

         Esses documentos estão a disposição o site do MEC.

sábado, 2 de julho de 2011

Fórum Permanente de Educação Infantil


C O N V I T E


            O Fórum Permanente de Educação Infantil do Estado do Rio de Janeiro convida para sua Assembléia a ser realizada no dia 05 de julho de 2011 no Auditório do Sinpro-Rio, Rua Pedro Lessa, 35 - 2º. andar, Cinelândia (próximo ao metrô).

Na ocasião abordaremos dois temas, sendo:


Tema I – “Creches Federais: Novas Legislações”
►Silvia Lacouth – Diretora da Creche Fiocruz
► Representante da UFF
  Representante da UFRJ



Tema 2 - "Experiência da Rede Comunitária de Formação e Estágio da Baixada Fluminense"

►Ana Cláudia da Silva Mota, Coordenadora do Centro Integrado de Desenvolvimento Infanto-Juvenil - Cidi (Nova Iguaçu) e integrante da Comissão Executiva da RCFE.
Adriana Conceição Silva, Coordenadora Pedagógica do Centro Comunitário Nossa Senhora das Graças (Duque de Caxias) e integrante da Comissão Executiva da RCFE.

Mediação: Rosangela Ângelo – Campo/Colegiado do FPEP-RJ

                                    

Até lá!



                                                            Rio de Janeiro, 28 de junho de 2011.

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Coordenação Colegiada do Fórum/RJ